Fernando Pessoa (1888-1935)
Fernando Pessoa (aos vinte anos)
Ser compreendido é prostituir-me.
Mas a verdade é que precisamos de compreendê-lo...
Os anos 10 e 20 são os mais importantes da sua actividade depois de regressar definitivamente a Lisboa, em 1905: o projecto da revista "Orpheu" é de 1915 e a 1917 ficará ligado o da revista "Portugal Futurista", apreendida pela polícia à saída da tipografia.
Aos anos de 1924 e 1925 ficarão ligados os 5 números da revista "Athena" e, a partir de 1927, encetará a importante colaboração com a revista "Presença", colaborando, entre outros, com o figueirense João Gaspar Simões.
Para o conhecer e compreender aconselho uma importante ferramenta, mesmo à mão: a base de dados Arquivo Pessoa e o portal Multipessoa, disponíveis desde finais de Novembro do ano passado, na Internet.
Vida e obra, obra pública, textos, heterónimos, percursos temáticos e... o que as "navegações" mais derem! Espreitem!
E os que lêem o que escreve, E assim nas calhas de roda
O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.
Na dor lida sentem bem,
Não as duas que ele teve,
Mas só a que eles não têm.
Gira, a entreter a razão,
Esse comboio de corda
Que se chama coração.
Fernando Pessoa/Bernardo Soares (heterónimo), 1930