Herberto Helder
mesmo sem gente nenhuma que te ouça,
poema intrínseco dito a português e dentes,
a sangue desmanchado,
com a estria lírica a fervilhar de riscas
rudes, frescas, roucas,
tu que como iluminas pela boca fora
Herbero Helder, A Faca Não Corta o Fogo, 2008