A necessária poesia...
Tem andado arredada cá do blogue a poesia...
Faz falta! E como continuo a descobrir que no youtube não há só música ou filmes documentais, mas também da dita - como aliás já ao princípio vos propus naquele post do Paco Ibanez - aí vai uma pequena surpresa para um grandessíssimo (e um tanto esquecido ultimamente) poeta: PABLO NERUDA (1904-1973).
http://www.youtube.com/watch?v=wa-PtGBJCyg
E agora o poema! Disfrutem e digam-me se gostam! Façam a vossa leitura! E pq não enviá-la para o youtube?
ME GUSTAS QUANDO CALLAS
Me gustas cuando callas porque estás como ausente,
y me oyes desde lejos, y mi voz no te toca.
Parece que los ojos se te hubieran volado
y parece que un beso te cerrara la boca.
.
Como todas las cosas están llenas de mi alma
emerges de las cosas, llena del alma mía.
Mariposa de sueño, te pareces a mi alma,
y te pareces a la palabra melancolía.
.
Me gustas cuando callas y estás como distante.
Y estás como quejándote, mariposa en arrullo.
Y me oyes desde lejos, y mi voz no te alcanza:
Déjame que me calle con el silencio tuyo.
.
Déjame que te hable también con tu silencio
claro como una lámpara, simple como un anillo.
Eres como la noche, callada y constelada.
Tu silencio es de estrella, tan lejano y sencillo.
.
Me gustas cuando callas porque estás como ausente.
Distante y dolorosa como si hubieras muerto.
Una palabra entonces, una sonrisa bastan.
Y estoy alegre, alegre de que no sea cierto
(http://www.tinet.org/~elebro/poe/neruda/neruda22.html)
Andei à procura de uma tradução mas não opto por nenhuma das que espreitei. Isto de traduzir poesia tem que se lhe diga... Está publicado em livro - é o Poema 15 de 20 Poemas de amor e uma canção desesperada, de 1924 - mas não o tenho. Vou tentar encontrá-lo com mais tempo! Entretanto, se vos interessar, é só pesquisar, ou pelo autor, ou pelo título em português - Gosto quando te calas -, ou pelo livro, ou em conjugação dos três!