Quino, Mafalda & Cª
A propósito dos problemas morais do personagem criado pelo Quino - post anterior - vejam algum material sobre a sua obra e a sua criação especial: a Mafalda e a sua turma!
Espreitem!
http://oficinadahistoriad.blogspot.com/
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A propósito dos problemas morais do personagem criado pelo Quino - post anterior - vejam algum material sobre a sua obra e a sua criação especial: a Mafalda e a sua turma!
Espreitem!
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Quino
Vá lá, vá lá!! ... mas nada de exageros!...(e não esqueçam os trabalhitos de História!...)
Gino Severini, "Canhão em acção", 1915
A 1ª Guerra Mundial abalou profundamente o espírito dos homens e mulheres do seu tempo. Para os intelectuais e artistas foi um tema de inspiração criativa, um elemento que levou muitos deles a fazer uma profunda ruptura com os valores e os padrões de gosto anteriores.
Falaremos disso no 2º período, no 9º ano, e destacaremos os chamados "movimentos de vanguarda" artística, surgidos com a Guerra em fundo: Cubismo, Expressionismo, Futurismo, Abstraccionismo...
90 anos depois aí estão as exposições: a nossa, muito humilde e pequenina, com alguns dos vossos trabalhos de grupo - 9º ano - no bloco A, sobre o fenómeno Grande Guerra de 1914-18; em Madrid, no Museu Thyssen-Bornemisza, dois grandes núcleos expositivos, de 222 obras - pinturas, desenhos e esculturas -, de 68 artistas, realizadas entre 1913 e 1919!
Dos autores expostos, vou destacar alguns de que falaremos depois: Kandinsky, Boccioni, Balla, Grosz, Fernand Léger, Brancusi, Paul Klee, Chagall, Man Ray...
Giacomo Balla, "Manifestação Patriótica", 1915
Museu Thyssen-Bornemisza, Madrid
http://www.museothyssen.org/thyssen/exposiciones/WebExposiciones/2008/1914/index.htm
Dêem uma espreitadela virtual e se o tema vos interessar façam algumas pesquisas e juntem algum material... e não esqueçam de o ler, naturalmente...
http://www.museothyssen.org/thyssen/exposiciones/WebExposiciones/2008/1914/fundacion/index.htm
Wilhelm Lehmbruck, "A Guerra Santa", 1915-1916
A primeira bailarina, cerca de 1878
"Eram duas e um quarto da tarde. A rapariga ruiva tirou da carteira um livro da colecção Vampiro marcado com um bilhete de metropolitano, cruzou as pernas como as lâminas de uma tesoura sobrepondo-se, e a curva do peito do pé dela assemelhava-se ao das bailarinas de Degas suspensas em gestos a um tempo instantâneos e eternos, envoltos no vapor de algodão da ternura do pintor: há sempre quem se extasie quando as pessoas voam".
António Lobo Antunes, Memória de Elefante
Os 100 anos de vida do Manoel de Oliveira convidam a pensar nos (pouco mais de) 100 anos do Cinema (uma arte ainda criança, pois é...).
No dia 1 do mês de Dezembro de 1906 abriu a primeira sala de cinema do mundo, o Cinema Omnia Pathé, em Paris. Antes, em 28 de Dezembro de 1895, os irmãos Lumière haviam realizado aquela que foi a primeira sessão comercial do Cinema, projectando filmes da sua autoria, usando o cinematógrafo de sua invenção.
http://www.brasilescola.com/upload/e/cinematografo1.gif
A Saída dos Operários das Fábricas Lumière, La sortie du port, Démolition d'un mur, etc. são alguns desses primeiros - e ingénuos, pode dizer-se - filmes.
http://www.youtube.com/watch?v=4nj0vEO4Q6s
Começava a exploração comercial de uma actividade que após várias descobertas fundamentais ao longo do século XIX - descoberta e evolução do processo fotográfico (1822, Niepce; 1832, Daguerre; 1871, Maddox); criação da película cinematográfica (1829, Plateau; 1882, Marey; 1887, Reichenbach); criação das máquinas necessárias (fenaquistiscópio, Plateau, 1829; espingarda fotográfica, Marey, 1882; kinetógrafo, Eastman-Edison, 1889; bioscópio, Skaladanowsky, 1892; projector eléctrico, Anschutz, 1893; cinematógrafo, irmãos Lumière) - dava origem a um novo género de espectáculo e a uma nova arte/lucrativa actividade industrial e comercial.
O seu sucesso mundial foi tão considerável que rapidamente o cinematógrafo se espalhou por vários países, ofuscando a acção e o nome dos outros aparelhos rivais, e dando origem à palavra Cinema. Portugal foi um desses países pioneiros, mas isso é assunto que só por si justifica um outro post!
John James Osborne (1929-1994)
Até o pior dos livros tem uma página boa. A última.
Há 77 anos (!) atrás, em 1931, estreava em Lisboa, no cinema Tivoli, o 1º filme de Manoel de Oliveira "Douro, Faina Fluvial", um documentário mudo, com a faina da zona ribeirinha do Douro como protagonista principal:
http://www.citi.pt/cultura/cinema/manoel_de_oliveira/douro.html
77 anos passados, com 100 anos feitos ontem, Manoel de Oliveira não pára: avança com entusiasmo com as filmagens do seu último filme "Singularidades de uma rapariga loira" que pretende apresentar no próximo festival de Berlim, em Fevereiro de 2009, mas já tem em mãos o projecto do seguinte: "O estranho caso de Angélica", que gostaria de concluir para o Festival de Cannes do próximo ano, também. http://jn.sapo.pt/PaginaInicial/Interior.aspx?content_id=1055138
Para trás ficam mais de quatro dezenas de filmes que vão ser parte, para sempre, da História do Cinema - "Aniki-Bobó" (1942), O Passado e o Presente" (1972), "Amor de Perdição" (1979), "Vale Abraão" (1993), "Palavra e Utopia" (2003), para só citar alguns dos principais (ver filmografia em p.ex. http://jn.sapo.pt/PaginaInicial/Interior.aspx?content_id=1055138) - da mesma maneira que ficará a sua longevidade, dinamismo e criatividade, e as suas opções estéticas e cinematográficas muito particulares, muitas vezes polémicas, mas sempre cheias de uma ironia e frescura muito finas e sedutoras. Parabéns Manoel!
"Amor de Perdição"
http://www.youtube.com/watch?v=2NUdznkCZ74
És um senhor tão bonito
Quanto a cara do meu filho
Tempo tempo tempo tempo
Vou te fazer um pedido
Tempo tempo tempo tempo...
Compositor de destinos
Tambor de todos os rítmos
Tempo tempo tempo tempo
Entro num acordo contigo
Tempo tempo tempo tempo...
Por seres tão inventivo
E pareceres contínuo
Tempo tempo tempo tempo
És um dos deuses mais lindos
Tempo tempo tempo tempo...
Que sejas ainda mais vivo
No som do meu estribilho
Tempo tempo tempo tempo
Ouve bem o que te digo
Tempo tempo tempo tempo...
Peço-te o prazer legítimo
E o movimento preciso
Tempo tempo tempo tempo
Quando o tempo for propício
Tempo tempo tempo tempo...
De modo que o meu espírito
Ganhe um brilho definido
Tempo tempo tempo tempo
E eu espalhe benefícios
Tempo tempo tempo tempo...
O que usaremos prá isso
Fica guardado em sigilo
Tempo tempo tempo tempo
Apenas contigo e comigo
Tempo tempo tempo tempo...
E quando eu tiver saído
Para fora do teu círculo
Tempo tempo tempo tempo
Não serei nem terás sido
Tempo tempo tempo tempo...
Ainda assim acredito
Ser possível reunirmo-nos
Tempo tempo tempo tempo
Num outro nível de vínculo
Tempo tempo tempo tempo...
Portanto peço-te aquilo
E te ofereço elogios
Tempo tempo tempo tempo
Nas rimas do meu estilo
Tempo tempo tempo tempo...
http://letras.terra.com.br/caetano-veloso/44760/
Aí estão so 60 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos!
Foi aprovada em 1948 pela Assembleia Geral das Nações Unidas, no dia 10 de Dezembro. O corpo dos seus 30 artigos pode ser consultado aqui:
http://www.netprof.pt/netprof/servlet/getDocumento?id_versao=13937
A sua elaboração aconteceu no rescaldo da 2ª Guerra Mundial e do Holocausto (1939-1945), num momento em que o mundo se reorganizava e criava instrumentos mais sólidos para tentar garantir uma paz duradora no mundo. A ONU é criada nesse ano de 1945 e três anos depois tornava-se possível a assinatura de uma Declaração que constituia um sólido compromisso de concretização de mais de 60 direitos humanos, a partir daí, considerados universais.
Tendo como inspiradora a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão (1789), que traduziu os ideais de liberdade, igualdade e fraternidade da Revolução Francesa, as disposições da Declaração constituiem-se como uma expressão vigorosa de resistência contra as mais variadas formas de opressões e tiranias: económicas, sociais, raciais, políticas, sexuais, culturais, religiosas...
Para alargamento de pesquisas sobre o conteúdo e importância da mesma deixo como sugestões:
http://www.netprof.pt/netprof/servlet/getDocumento?id_versao=16473
http://www.netprof.pt/netprof/servlet/getDocumento?id_versao=17044
Com a colaboração de professores ligados à Rede de Bibliotecas Escolares, espreitem também este trabalho em vídeo, muito interessante e com legendas em português:
http://dotsub.com/view/2e41df96-e58b-425b-9564-969d972ed22d
mesmo sem gente nenhuma que te ouça,
poema intrínseco dito a português e dentes,
a sangue desmanchado,
com a estria lírica a fervilhar de riscas
rudes, frescas, roucas,
tu que como iluminas pela boca fora
Herbero Helder, A Faca Não Corta o Fogo, 2008
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