Pensamentos...
Immanuel Kant (1724-1804)
De mim não apreendereis filosofia, mas antes como filosofar, não apreendereis pensamentos para repetir, mas antes como pensar.
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Immanuel Kant (1724-1804)
De mim não apreendereis filosofia, mas antes como filosofar, não apreendereis pensamentos para repetir, mas antes como pensar.
Que dirá a "Escrita do Sudoeste"?
(Estela de Bensafrim, descoberta em 1882, em Lagos, existente no Museu Municipal da Figueira da Foz)
Quanto à "Escrita do Sudoeste" e à importância que os cerca de 90 caracteres da estela achada em Setembro último no Alentejo podem vir a ter para se chegar a uma futura decifração, vamos tentar tocar no essencial de dois artigos, publicados no suplemento P2 do Público de 26 de Setembro último, que fizeram um bom ponto de situação:
Parecem inquestionáveis as ligações, na origem, às escritas fenícia e grega. Nas cerca de 90 estelas funerárias já encontradas - quase todas em Portugal, no sul do Alentejo e zona serrana do Algarve, mas algumas em Espanha, nas vizinhas Estremadura e Andaluzia - aparecem signos oriundos dessas escritas orientais. Com efeito, povos dessas civilizações aportaram à Península Ibérica no século VIII a.c., trazendo consigo a primeira forma de escrita usada na Península.
Desta forma de escrita já se conhece muita coisa: que corre da direita para a esquerda; que corre em forma de espiral; que não existe separação de palavras. Conhecem-se já os caracteres - e esta estela revelou um que não era conhecido ainda -, a sua fonética e alguma gramática. Identificam-se até nomes de pessoas.
Então? Qual o problema ? Dar significado às diversas expressões!
E é aqui que reside o entusiasmo que esta descoberta despertou: segundo o arqueólogo Amílcar Guerra que estuda há 20 anos o sítio onde a estela apareceu - Mesas do Castelinho, Almodôvar - esta estela não vem, por si só, trazer o golpe de varinha mágica que os especialistas necessitam, mas pela qualidade das suas inscrições e número de caracteres que disponibiliza, sem lacunas , deixa a convicção de que poderá dar um contributo muito importante nessa direcção. Daí o entusiasmo da afirmação deste arqueólogo que deixámos em título.
Com a aplicação da máquina a vapor à navegação abriram-se novas perspectivas às viagens trans-atlânticas (entre um porto europeu e um americano ou vice-versa). Após as primeiras experiências, ainda com as rodas de pás laterais, a evolução foi-se acelerando à medida que o uso crescente do ferro para o fabrico dos cascos e estruturas, ia substituindo, por sua vez, o uso da madeira.
Um dos primeiros navios a vapor - os "Steamers" - com capacidade para efectuar a travessia do Atlântico foi o SS Unicorn da Companhia inglesa Cunard Steamships Ltd (Cunard Line), em Maio de 1840. Com 24 passageiros levou 14 dias, a uma velocidade média de 8 nós.
Em Julho o RMS (Royal Mail Service) Britannia, capaz de levar 115 passageiros, conseguiu 12 dias e 10 horas na ligação Halifax-Liverpool.
o Great Western (modelo no Museu de Liverpool)
Corriam pois desfavoráveis os ventos da História para os antigos navios à vela que ao longo do século XIX se tinham aperfeiçoado muito no desenho e no velame, na tentativa de resistirem às novas possibilidades dos navios a vapor- mas também, durante bastante tempo, às incapacidades deles... no domínio do abastecimento em carvão, por exemplo. Fruto destes progressos surgiram e impuseram-se quanto puderam os "Clippers", que na segunda metade do século concorrenciaram directamente com os "Steamers" na luta pelos recordes das travessias mais rápidas do Atlântico.
Plano vélico do clipper Ariel onde se podem observar o pica-peixe (1), os paus de cutelo (6) e a tracejado, a varredoura (2), os cutelos (3), o cutelinho (4) e velas de entremastro (5). (in http://www.marinha.pt/extra/revista/ra_fev2006/pag_15.html)
"Todas as inovações e técnicas desenvolvidas durante o século XIX, com recurso a um crescente aumento da área vélica nos grandes veleiros, tornaram possível o que era tido como impensável umas décadas antes. Assim, no último quartel deste século de ouro para a navegação à vela, havia navios que, com bom vento, conseguiam manter velocidades superiores a 16 nós, quando, em 1810, só muito dificilmente o aparelho de um navio se aguentava sem danos de monta se este ousasse manter o pano caçado para navegar a velocidades superiores a 10 nós." (http://www.marinha.pt/extra/revista/ra_fev2006/pag_15.html
No 9º ano falou-se da máquina a vapor, símbolo e suporte da chamada 1ª Revolução Industrial.
Pensando na dificuldade de “fazer ver” em funcionamento, sem ter à mão um modelo reduzido que à escala esclarecesse e cativasse, mas também pensando nas possibilidades que hoje a net tem bem disponíveis, aí vai uma sugestão!
http://br.youtube.com/watch?v=lIAXvWQ9d9o
http://br.youtube.com/watch?v=ytihekKgL-w&feature=related
Espreitem!... encontrem outros mais esclarecedores...e divirtam-se!!
Com os códigos escritos decifrados deu-se a abertura ao(s) espanto(s): a literatura, a poesia, os papiros administrativos, os “tratados médicos”, os escritos políticos, as inscrições nas pirâmides, nos túmulos e nos templos a “falarem”, a revelarem, finalmente, o que por tantos séculos calaram, prontos a dialogar com toda uma imensa curiosidade acumulada e “milhentas” interrogações com respostas por compulsar…
Papiro de Turim (Reinado de Ramsés II?-1279-1213 a.c.)
Fica, sobretudo, esta capacidade de nos seduzirem, de nos fazerem sentir muito perto deles, em muitas coisas, como se 3 mil anos não fossem mais que uma dúzia de décadas, disfarçadas…
Dois exemplos apenas, de poemas datados entre 1567 e
1.
Tê-la visto
Tê-la visto aproximar-se
Com tanta beleza é
Alegria para sempre no meu coração.
Nem o tempo eterno pode retirar-me
Aquilo que ela me trouxe.
2.
Quando me dá as boas vindas
De braços bem abertos
Sinto-me como aqueles viajantes que regressam
Das longínquas terras de Punt.
Tudo se muda; o pensamento, os sentidos,
Em perfume rico e estranho.
E quando ela entreabre os lábios para beijar
Fico com a cabeça leve, fico ébrio sem cerveja.
Um dos problemas centrais para a decifração das escritas antigas tem sido mesmo a dificuldade da tarefa: como códigos de escrita correspondentes a línguas mortas, e por isso desaparecidas - para além da dificuldade acrescida de em larga maioria serem ideográficas e não alfabéticas - como chegar à descodificação dos símbolos utilizados, à compreensão do seu lugar nos textos, à relação que cada sinal estabelece com os precedentes e os posteriores e por aí fora.
Para a escrita egípcia a "Pedra de Roseta" foi providencial. A partir dela Jean-François Champollion concretizou, em 1822, as bases do que até aí parecia impossível: após 15 anos de um persistente e empenhado trabalho de pesquisa pôde comunicar ao mundo que havia decifrado o complexo código da escrita hieroglífica!
Hoje "a Pedra" repousa no Museu de Londres, mas tem uma cópia fiel no Museu do Cairo que, como se percebe, não pára de sonhar com a recuperação do original
Museu de Londres
Tinha ficado a promessa junto do 10º D do post sobre a Pedra de Roseta, a chave decifradora da antiga escrita egípcia (e isto a propósito da estela com escrita do sudoeste de que hei-de falar... quando o tempo deixar!...), mas como já avançámos com o blogue de turma e lá já "habita" um post recente sobre o tema, para lá vos envio: aproveitam e ficam a conhecer o tal!...(com BIG BANG e tudo!!)
Sopram ventos de feição para a Arqueologia portuguesa: depois de uma equipa da Universidade de Lisboa ter descoberto no sítio arqueológico de Mesas de Castelinho, Almodôvar, em 5 de Setembro, uma sensacional estela funerária, soube-se agora que o navio - nau? galeão? da carreira das Índias - encontrado em Abril na costa da Namíbia é, de facto, português e tem dentro de si achados da maior relevância científica (dando de barato que os 70 milhões de euros de que se fala serão de menor relevância...) - estruturas do próprio navio, astrolábios, lingotes de ouro e prata, várias toneladas de cobre, 2500 moedas portuguesas e espanholas, canhões, pistolas, espadas, 50 dentes de marfim e objectos de navegação variados...
Voltarei com mais dados sobre um e outro. Entretanto informem-se! São descobertas da maior importância, daquelas capazes de abrir novas janelas sobre o passado e, por isso, bem capazes de o recrearem, para nossa fortuna (intelectual, já se vê...).
Com o blogue a não me deixar publicar tudo junto...
Quase dois milhões de portugueses vivem em risco de pobreza. Desemprego, velhice, doença e os baixos salários são as principais causas que ditam o infortúnio de quem tem apenas 366 euros, ou menos, para sobreviver. (…)
Entre 1995 e 2000, 46% do portugueses passaram pela pobreza, em pelo menos um dos anos, refere Alfredo Bruto da Costa, no livro "Um olhar sobre a Pobreza, vulnerabilidade e exclusão social no Portugal Contemporâneo". (…)
Os baixos salários, o fraco nível educativo e a falta de qualificações explicam este cenário. A par da actual crise financeira, com a consequente subida das taxas de juro para o crédito à habitação, que tem feito chegar às bolsas de pobreza gente, até hoje, imune a privações.
(Jornal de Notícias)
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