Versos de amor...
Ed. Assírio & Alvim, 1998
Já recorri aqui a este livrinho encantador: "Poemas de Amor do Antigo Egipto".
Em dia de lembranças desse sentimento único que faz a diferença da nossa existência, mas que também nos aperta tanto a barriga e a alma (o coração?) e nos traz, às vezes, tantas sensações amargas, volto a ele (quer dizer, a uma época algures entre 1567 e 1085 a.c.!) Pois... evoluímos pouco, eu sei...
1
Cobarde, por que murmuras todo o dia no teu coração a
palavra do amor?
Porque falas dela incessantemente,
A toda a hora, a qualquer hora
Excepto quando está presente em carne e osso?
Deixa-te disso, homem,
Vai ter com ela, e tenta portar-te como se falasses a sério.
2
Encontro o meu amor a pescar
De pés nos baixios.
Tomamos juntos o pequeno-almoço
E bebemos cerveja.
Ofereço-lhe a magia das minhas coxas
O meu conjuro prende-o.